Fundado em 1933, o Café Guarany, mais conhecido como o café dos músicos, destaca-se por ter um ambiente muito especial, resultado do compromisso entre a tradição, a qualidade de serviço e o espírito artístico que desde cedo pautou a sua existência. Sempre fora um espaço de convívio, tertúlias, cultura. Hoje, aliando essa tradição à modernidade, temos um espaço singular, onde a organização de eventos continua a ser uma constante.
Os tempos passaram, e passado 70 anos desde a abertura, era necessário um novo compromisso entre o Guarany e os portuenses. Hoje é unanimemente reconhecido o êxito da recuperação do Café Majestic em 1994, pela actual gerência. A mesma decidiu abraçar o Café Guarany (2003) e incutir-lhe o mesmo ideal: recuperação com qualidade, devolver os locais históricos do Porto aos seus cidadãos. Na recuperação do café Guarany vigorou o compromisso entre a tradição e a qualidade de serviço que é apanágio desta equipa empreendedora: providenciou-se o restauro de mesas e cadeiras, candeeiros e apliques, mármores de revestimento e ornamentos de aço e cobre, respeitando o escrupulosamente o espaço original. Transmitindo um ideal de espaço cultural, foram também postos em destaque dois painéis da pintora Graça Morais, “Os Senhores da Amazónia”, em acrílico e pastel sobre tela. A artista retracta o modus vivendi da tribo Guarany, como organizam o seu dia a dia, os instrumentos que utilizam, os seus desejos e angústias. As pinturas de Graça Morais são sem dúvida uma das marcas mais significativas desta nova vida do Guarany que se pretende cada vez mais aberta á cultura.