António Costa acredita que os países da União Europeia começam a perceber que o aumento do número de casos de Covid-19 em Portugal é muito localizado. Já Siza Vieira está confiante de que o país volte ao centro das preferências dos turistas estrangeiros.

O Primeiro-ministro, António Costa afirmou que tem sensibilizado os seus homólogos europeus e considera que eles começam a compreender que há uma grande disparidade na evolução da pandemia no território português. Nós temos hoje um país onde praticamente a situação está com baixíssimos números e depois temos 19 freguesias, em mais de 3.000, onde há um número de novos casos muito significativo" afirmou numa deslocação a Haia nos Países Baixos.

António Costa considera que os esforços feitos para esclarecer a situação têm dado resultado. A Bélgica já fez uma diferenciação entre Lisboa e o resto do país, A Holanda que tinha colocado o Porto e Lisboa na lista de destinos a evitar já retirou o Porto e espera que a Irlanda faça o mesmo após a conversa que teve com o seu homólogo irlandês.

O Ministro de Estado da Economia e da Transição Digital acredita que Portugal, “pela sua capacidade de se apresentar ao mundo como destino seguro”, vai voltar a ser um dos destinos preferidos dos consumidores.

Na conferência “Turismo em tempos de covid-19”, organizada em conjunto pelas agências de notícias Lusa e a espanhola EFE, Pedro Siza Vieira disse que a decisão do Reino Unido de deixar Portugal fora da lista de destinos seguros não tem qualquer fundamento científico. Salientou, no entanto, que durante o processo de recuperação do setor é importante ter a “capacidade de suportarmos as milhares de empresas, muitas delas pequenas e médias empresas, que vão ter um volume de negócios muitíssimo reduzido durante este ano, que precisam de ser preservadas o mais possível no seu conhecimento, porque isso é que faz o sucesso de um destino turístico”.

O responsável pela pasta da economia considera necessário investir na sustentabilidade, digitalização e qualificação dos recursos humanos do setor para aumentar a competitividade futuro. “Vamos continuar a investir naquilo que são os novos destinos do país, o turismo de natureza […], reconverter edifícios em parques, […] apoiar a reconversão de unidades de alojamentos para um sistema de mais economia circular, maior eficiência energética”, garantiu o ministro.