2020 será do turismo nacional mas há esperança de receber turistas internacionais

#Covid-19

O Presidente da Confederação do Turismo (CPT) de Portugal afirma que 2020 será o ano do turismo nacional por causa da pandemia de Covid-19, mas mantém a esperança de que possamos receber turistas internacionais no ainda no Verão.

Em entrevista à Agência Lusa, Francisco Calheiros, disse que, de momento, seria prematuro fazer quaisquer previsões para o verão, mas alertou que a vinda de turistas internacionais dependerá muito da abertura dos aeroportos e da retoma de atividade pelas companhias aéreas, quer em Portugal quer nos países emissores.

O responsável máximo da CTP reiterou que ainda é cedo para qualquer previsão, uma vez que o turismo de verão em Portugal só começa a ser relevante a partir de meados de junho, e a vontade de receber turistas internacionais não passa, para já, de uma “esperança”. Relembra ainda que esta é uma situação que exige “muita cautela”, principalmente porque o transporte de passageiros implica grandes concentrações de pessoas.

Apesar do otimismo, Francisco Calheiros reagiu com cautela às indicações de Bruxelas que, a 29 de abril, pediu aos Estados-membros para levantarem restrições às viagens na União Europeia “o mais rapidamente possível”. Uma decisão que se prende com a necessidade retomar o turismo europeu que antecipa perdas de faturação na ordem dos 50% devido ao novo coronavírus.

Vera Jourová, vice-presidente da Comissão Europeia, salientou que a retoma do turismo na União Europeia é importante  mas “não deve haver discriminação por nacionalidades e seleção de quem pode entrar no país e de quem não pode”. Acrescentou ainda que a Comissão Europeia está a trabalhar num conjunto de diretrizes para o setor do turismo e que as mesmas devem ser conhecidas nos próximos dias.

O turismo é um dos setores com maior peso no Produto Interno Bruto (PIB) e representa 27 milhões de empregos diretos e indiretos. Segundo um estudo da Oxford Economics, é estimada uma quebra de 39% nas viagens de turismo para toda a Europa em 2020, comparando com o período homólogo anterior, o equivalente a menos 287 milhões de chegadas internacionais.

A mesma entidade prevê que Portugal seja um dos países mais afetados pela paragem imposta pela pandemia, por causa da elevada percentagem do PIB (16,5%) que tem associada aos serviços turísticos. Em comparação com o mesmo período de 2019, Portugal deve registar menos 7 milhões de chegadas internacionais, o que representa uma queda de 40%.

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